Porto Seguro: onde a história encontra o mar e o tempo desacelera

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Sumário

Tem viagem que a gente faz pra descansar, tem viagem que a gente faz pra viver e essa pra Porto Seguro, Arraial e Trancoso caiu exatamente no meio: uma mistura de história, mar absurdamente transparente, ruazinhas charmosas e decisões que a gente só entende quando chega lá.

Eu fiquei entre três bases diferentes (Porto, Arraial e Trancoso), e isso tornou tudo mais leve, sem aqueles deslocamentos cansativos que acabam matando a vibe da viagem. A ideia inicial era ir até Caraíva, mas a segurança estava bem questionável na semana que fui. E, sinceramente, viagem boa também é sobre se sentir confortável com as escolhas. No fim, foi a decisão certa.

Aqui vai o relato completo, do jeitinho que eu vivi, e um roteiro otimizado pra quem quer uma experiência real, sem correria desnecessária e sem furada.

Porto Seguro sempre aparece nos guias de viagem como o lugar do axé, das grandes barracas de praia e da Passarela do Descobrimento ( ou mais conhecida como a Passarela do Álcool). Que inclusive recomendo tomar a Caipirinha de Cacau que vendem lá.

passarela-do-alcool
Passarela do Álcool – Porto Seguro
Caipirinha de Cacau
Caipirinha de Cacau

Mas quando eu cheguei lá, percebi que a cidade tinha muito mais camadas, nuances e significados do que qualquer vídeo no TikTok conseguiria capturar. Há algo na atmosfera que mistura passado, mar e ritmo baiano de um jeito que só sente quem caminha por aquelas ruas coloridas. Escolhi começar minha viagem ficando na Pousada Costamar, uma hospedagem simples, estratégica e com aquela vibe de “primeiro pouso”. Foi a escolha perfeita pra começar devagar, reconhecer o território e deixar a viagem me guiar.

Centro histórico de Porto Seguro

A primeira manhã foi dedicada inteiramente ao Centro Histórico. Subir pra Cidade Alta logo no início da viagem foi quase um ritual. O sol ainda estava delicado, iluminando as casinhas coloniais com um brilho que deixava tudo meio dourado, como se alguém tivesse passado verniz no tempo.

Caminhei entre o Marco do Descobrimento, a Igreja da Pena e aquelas construções que já viram mais história do que qualquer livro que eu tenha lido. Ali em cima, nada parece correr. Tudo respira devagar. O vento chega do mar carregando um cheiro salgado que abraça o bairro inteiro.

E quando cheguei ao mirante, senti aquela sensação que só mirante baiano entrega: uma pausa interna. A vista é grandiosa, azul infinito, barcos pequenos encarando o mundo, e a cidade lá embaixo seguindo seu próprio ritmo.

Descendo dali, fui até o Mirante das Fitas, que fica a poucos minutos e parece uma instalação artística ao ar livre. Centenas de fitinhas coloridas dançando ao vento criam uma moldura viva para o visual lá de cima. É estético, poético e totalmente instagramável — mas sem perder o charme original. Senti que Porto Seguro queria mesmo me mostrar que a Bahia é feita de camadas e cores, e eu estava pronta pra todas elas.

Passarela do Descobrimento

À noite, a Passarela do Descobrimento assumiu seu papel de protagonista. É um caos organizado, mas um caos bom, desses que alimentam. Lojas, drinks gigantes, cheiro de comida baiana, artesanato Pataxó que conta histórias que você não aprende na escola. A Passarela tem um magnetismo próprio. Ali todo mundo parece feliz, suado, brilhando, andando devagar e descobrindo alguma coisa nova. Eu também me encontrei ali — no meio daquele mix de música, cores e sotaques.

No segundo dia, o mar virou meu destino. Porto Seguro tem praias muito diferentes entre si, e o setor norte é perfeito pra quem quer explorar tudo sem perder tempo atravessando a cidade. Comecei por Taperapuã, que é praticamente um símbolo da cidade: animada, estruturada e cheia de movimento. Não é exatamente o meu estilo de praia favorita, mas ela funciona como porta de entrada pra entender o clima litoral de Porto Seguro. Quando o sol começou a esquentar, segui para Itacimirim — e foi ali que senti que a viagem tinha realmente começado. A parte mais vazia dessa praia é uma preciosidade. É calma, clara, linda, com um silêncio que combina com aqueles pensamentos que a gente só tem quando está olhando pro mar, sem pressa.

Coroa Vermelha

Coroa Vermelha veio em seguida, trazendo história de novo pra minha experiência. O Marco da Primeira Missa, o famoso “Caminho de Moisés” e a feira indígena tornam esse pedaço do litoral diferente de tudo o que eu tinha visto até então. Aqui, a ancestralidade está viva. Você sente isso nos olhos dos artesãos, nas cores das peças que eles produzem, no jeito como contam suas histórias. A Bahia é feita de encontros — e aquele foi o meu favorito em Porto Seguro.

Fechei o dia em Mundaí, uma praia perfeita pra encerrar o roteiro com leveza. Mar tranquilo, areia gostosa, silêncio. É o tipo de praia que você escolhe pra respirar fundo e pensar na vida, no resto da viagem e na sorte de estar ali.

Porto Seguro, pra mim, se tornou um começo marcante. Um equilíbrio perfeito entre história, mar e movimento. Aqui, tudo faz sentido: as ruas antigas, o vento forte, o pôr do sol na Passarela, a força dos povos originários, o ritmo da cidade. Ficar na Pousada Costamar foi certeiro — prática, aconchegante e com aquela energia boa de quem está chegando em um destino que promete muito.

Pousada Costamar, Porto Seguro
Pousada Costamar, Porto Seguro

 

E o melhor é que Porto não tenta ser mais do que é. Ela apenas existe, inteira, vibrante e real. Não se monta pra turista, não cria personagem, não força narrativa. Porto Seguro entrega uma versão honesta de si mesma — e talvez por isso seja tão fácil se conectar com esse lugar. É aqui que a viagem começa. É aqui que a Bahia te chama pelo nome e te convida a seguir em frente.

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